Na terça-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, emitiu ordens executivas com o objetivo de realocar a mineração de carvão e duplicar a produção de eletricidade, a fim de suprir a crescente demanda por tecnologias de inteligência artificial.
Circundado por mineradores, os decretos de Trump eliminam obstáculos à devastação do carvão e suspendem o fechamento de diversas usinas de carvão.
Trump também afirmou que seria "viável extrair vastas quantidades de minerais essenciais e terras raras, fundamentais para a tecnologia e a alta tecnologia, durante o processo de mineração de carvão".
Lena Moffitt, diretora da organização não governamental climática Evergreen, expressou sua desaprovação ao presidente, em uma declaração, ao acusá-lo de utilizar a inteligência artificial como um pretexto para favorecer seus financiadores do setor de combustíveis fósseis, promovendo assim a fonte de energia mais poluente e onerosa da rede.
A produção de carvão, considerado o combustão fóssil mais nocivo ao meio ambiente, sofreu uma queda acentuada nos Estados Unidos ao longo dos últimos quinze anos. Em 2023, a contribuição do carvão para a produção total de eletricidade foi ligeiramente superior a 16%, sendo ultrapassada pelas fontes de energia renováveis, que alcançaram pouco mais de 21%.
Trump tem demonstrado ceticismo em relação às mudanças climáticas há um bom tempo e, desde seu retorno à Casa Branca, tem exercido pressão para promover o uso de combustíveis fósseis através da desregulamentação.
No mês anterior, sua administração divulgou uma série de iniciativas ambientais, alinhando-se às políticas sustentáveis implementadas por seu predecessor, Joe Biden.
Entre as iniciativas mais relevantes, destaca-se a revisão de uma norma de 202 que impõe às usinas termelétricas a carvão a eliminação quase total de suas emissões de carbono ou o compromisso de encerrar suas operações, constituindo um pilar fundamental da agenda climática de Biden.
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